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quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Nosso planeta pede ajuda!

O planeta suicida

O relatório dos cientistas da ONU sobre a saúde do clima e o aquecimento global é, no mínimo, inquietante. A perspectiva de que as condições climáticas estavam se agravando não era novidade para ninguém.

O apavorante, após o relatório, é o encurtamento dos prazos: ao final deste século, mudanças radicais podem alterar de modo drástico as condições de vida na Terra.

O quarto relatório afirma: "O aquecimento do sistema do clima é inequívoco e agora se torna evidente, a partir de observações de acréscimos nas temperaturas globais médias do ar e do oceano, derretimento disseminado de neve e gelo e elevação do nível médio global do mar".

Felizmente, os cientistas gritaram, respaldando os velhos lutadores ecologistas que perceberam o perigo vivido pela Terra, com base em dados irrefutáveis que, em última análise, querem dizer o seguinte: "Se não forem tomadas medidas imediatas, nosso planeta está caminhando rapidamente para uma morte inexorável".

E o pior de tudo é que nós, os humanos, somos em grande parte os responsáveis pela degeneração das nossas condições planetárias. Vivemos centenas de anos embalados pela crença no progresso infinito.

Deixamos crescer em nossas mentes um individualismo autoritário e um egoísmo absurdo, como se pudéssemos agir impunemente no planeta, como se as contínuas e diárias agressões ao meio ambiente pudessem passar impunemente, sem que a natureza reagisse.

Mas ela reagiu, e agora ameaça a vida tal como a conhecemos até hoje, a tal ponto que, se não mudarmos o nosso modo de vida e nossa relação com o ambiente que nos rodeia, o velho e belo planeta Terra se tornará hostil ao ser humano e vai criar as condições para que a sua existência simplesmente se torne impossível.

Confesso meu pessimismo e felizmente não estarei mais aqui para ver o desastre definitivo. Mas, mesmo assim, não deixo de recorrer à velha sabedoria grega e ao mito de Prometeu: "resisto".

E fico a imaginar: se a Terra for mesmo o único planeta do universo a abrigar vida inteligente, o seu suicídio significará a instauração de um eterno e sufocante silêncio que não será detectado por ninguém.

Toda a imensa cultura que a humanidade soube construir, de Homero a Beethoven, dos atabaques africanos a Shakespeare, de Michelangelo a Chico Buarque, das lendas indígenas aos poemas de Fernando Pessoa, do cinema de Chaplin a Fellini, enfim, a capacidade humana de criar, de amar, de olhar, enfim, de viver, tudo irá submergir num nada infinito. Mas ainda há tempo.

É uma questão de agir para todos, mas de cada um. O que temo é que a maior parte da humanidade esteja cega e surda, incapaz de agir para o futuro, preocupada só com o seu presente.

Independente de onde estivermos, vivemos no mesmo planeta e não dá pra ficar de camarote assistindo, eu peço um pouco do seu tempo se você também deseja uma 'Amazônia para Sempre', subscreva nosso manifesto. Ao obter o número de assinaturas necessário, ele será encaminhado ao Presidente da República para que sejam tomadas as providências necessárias para resolver este que é um sério problema brasileiro e mundial: A devastação da Amazônia. Sua participação é muito importante!
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